sábado, 12 de janeiro de 2013


Fico me comunicando com a maquina...
Cuspo arquivos, escrevo.
Então todos se misturam com depoimentos religiosos, pagãos, artísticos, revolucionários, conservadores num liquidificador pictórico...
Dentro de um tablado de luz que se joga novamente aos meus olhos sob uma estética web que não é minha, não é de ninguém.
No meu quarto escuro iluminada por milhões de leads eu pareço conectado a um outdoor privado em que me exponho para pessoas que nunca vi, vomitando momentos em todos os cantos das salas e buscando apoio ao que acredito ser verdade...
Pronto. Falei.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Quica


Conheci Quica quando fiz L.A. no cursinho para vestibular de Arquitetura. Era uma menina diferente dos meus padrões habituais de Zona Norte Paulistana. Me sentia a vontade em conversar sobre tudo com ela. Como em “Eduardo e Monica” do “Legião Urbana” ela me falava de política, arte, arquitetura e poesia. Discutíamos o mundo sob a objetiva de dois adolescentes deslumbrados com a beleza e a igualdade humana.
Certa vez, subíamos a Teodoro Sampaio, até o próximo ponto de ônibus, quando ela me perguntou em que partido eu me simpatizava na época. Eu, menino de dezessete anos, que vivia todas as sensações sensatas e insensatas na época, não possuía uma noção o que acontecia no país, naquele momento de inquietude que caracterizou o final dos anos setenta.
Então, respondi que votaria nos candidatos do PP.
Na minha cabeça, o PP (Partido Popular) formado a partir de Tancredo Neves, Claudio Lembo e Setubal representavam a liberdade e a democracia pretendida em termos intelectuais e empresariais. Achava o máximo.
Ela, de forma delicada, me perguntou se eu sabia da origem de cada uma das pessoas que eu coloquei como referência para o meu voto.
Claro que eu não sabia. Só conhecia discursos divulgados pela televisão.
Apesar de saber da existência da formação de um partido de trabalhadores e que cujo personagem Lula estava a frente dessas negociações e de eu admirar as greves do ABC e admirar Lula de longe, não tinha ideia do que seria esse partido e nem o que ele poderia significar num contexto político no qual estava a partir de então inserido pelo resto da minha vida.
A Quica me fez...

domingo, 23 de setembro de 2012


“O meio é a mensagem” – Marshall McLuhan
Cultuado pelos intelectuais da comunicação no final dos anos sessenta, Marshall McLuhan tornou-se ícone nas aulas de semiótica – na faculdade ou comunicação – no colegial de minha época.
O desbunde tecnológico propagado pelos estadunidenses, do pós-guerra mundial, inundavam os cinemas as televisões e os anúncios de revistas.
A editora Abril “compraria” a estrutura da “Time” e transformaria em “Veja”; “compraria” a estrutura gráfica da revista “Cosmopolitan” e transformaria em “NOVA”...
Marshall McLuhan desvendava-nos em “definições precisas” cada uma das mídias que até então existiam. Mesmo antes da internet. Por meio de imagens e textos agradáveis de ver/ler.
Estava então inaugurada a era de aquários. O homem pisava na lua. O homem assistia o homem pisar na lua.
A Europa vivia sua contradição social/democrata, dentre revoltas culturais e civis; os EUA vivendo sua derrota moral na guerra do Vietnã; enquanto o Brasil e a América Latina viviam os piores anos de dominação das oligarquias nativas como gerentes de um modelo de sustentação do modelo econômico colonial moderno (ou pós-moderno).




July 21, 2011 - 9:05 pm1 Comment
“Nosso tempo é um mundo novo em folha do tudo ao mesmo tempo agora.
O tempo cessou, o espaço desapareceu.
Vivemos agora em uma aldeia global…”
Cem anos depois de seu nascimento, o pensador canadense Marshall McLuhan – inspirador do título do jornal Meio & Mensagem – permanece atual, controverso e incompreendido, como sempre foi.

Marshall McLuhan
Numa coleção de slogans selecionadas em reportagem no Meio & Mensagem desta semana, conseguimos conhecer um pouco mais da mente deste grande pensador e teórico da comunicação.
“O meio é a mensagem”
“Olhamos o presente por um espelho retrovisor. Marchamos de volta ao futuro”
“Um meio de comunicação modifica outro, assim como um idioma é alterado por seu contato com outro”
“Toda publicidade anuncia publicidade”
“Atualmente, cada um de nós vive centenas de anos em uma década”
“Hoje, o negócio do mundo dos negócios é criar novos negócios”
“Qualquer homem hoje é, de certo modo, um artista”
“O futuro do livro é a sinopse”
“Nosso tempo é um mundo novo em folha do tudo ao mesmo tempo agora. O tempo cessou, o espaço desapareceu. Vivemos agora em uma aldeia global…”
“Um dia descobriremos que os anúncios de nosso tempo constituem os mais ricos e fiéis reflexos diários que uma sociedade pode conceber para retratar todos os seus setores de atividades”