“A defesa da
“alta” cultura montada por pessoas como Angleton era automática”. “Jamais nos
teria ocorrido acusar alguém ou alguma coisa de “elitista” disse Irvin Kristol,
certa vez”.” A elite éramos nós – os felizes eleitos que tinham sido escolhidos
pela história para guiar nossos semelhantes para uma redenção secular”. Criados
na cultura modernista, esses elitistas cultivavam Eliot, Yeats, Joyce e Proust.
Consideravam ser sua missão “não dar ao público que ele quer ou que ele acha
que quer, mas aquilo que – por intermédio de seus membros mais inteligentes –
ele deve ter. Em outras palavras, a alta cultura não era importante apenas como
uma linha anticomunista de defesa, mas era também o baluarte contra uma
sociedade homogeneizada de massa, contra aquilo que Dwight Macdonald via,
horrorizado, como o lobo alastradiço da Cultura de Massa”.*
*Quem pagou a conta? –
Fances Stonor Saunders – pag. 272.