sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

https://www.youtube.com/watch?v=fdsd66gkb1Q


Assisti, duas vezes, essa peça musical em 1975 ou coisa parecida. O elenco, tirando o Zé Rodrix, era outro em São Paulo.
A Janet era interpretada pela Lucinha Turnbull, vocalista da Rita Lee, o Eduardo Conde foi interpretado por outro ator canastrão da época que eu não me lembro e Lucelia Santos, a baleira, também foi interpretada por outra atriz.
Apesar dos meus quinze anos, apesar da ditadura das elites brasileiras, havia uma magia andrógina rondando nossas cabeças.
O fato de existir os dois sexos numa mesma pessoa horrorizava mais do que a existência de um Deus nos perseguindo durante nossos atos de quaisquer outras contravenções bíblicas.
Era um jovem de quinze anos e que adorava os desafios do meu corpo e do meu desejo. Era um jovem aberto a novas descobertas corporais. Sentia a angústia de pertencer a uma sociedade separada sob temas masculinos e feminismo numa conversa caseira. Sentia falta de conteudo nas conversas masculinas.
Até então meu assunto era com Deus: o que eu posso ou o que não posso?
E Rock Horror Show, mais o inebriante namorado juvenil, revelou esse acordo de identidades de pessoas no mesmo corpo, assumindo vários desejos.